Um dos meus livros preferidos é Gabriela, cravo e canela, do Jorge Amadíssimo. E eu sempre tenho uma história boa por trás do início de uma leitura boa. SIMBORA?
Tudo começou quando a Globo regravou a novela Gabriela, no libertino libertador horário das 23 horas. Eu, como um bom felino, durmo de manhã e vivo feliz e saltitante pela noite. Jorge AmoMuito, roupas fofas dos anos 20 e 23 horas? Tudo a ver comigo!
Estava tudo indo bel et bien, quando a história da Dona Sinhazinha tocou meu coração. Quem se lembra? Era a linda Maitê Proença, casada com o horrível Coronel Jesuíno (da frase VOU LHE USAR)
Casamento arranjado, ele batia na esposa e lhe usava. Um dia, por conta de uma dorzinha de dente, ela conhece o dentista Osmundo (Erik Marmo).
Que emoção. Eu, bicho curioso, queria saber o quanto antes se eles iriam poder viver esse amor sem a sombra do Coronel. O que eu fiz? Fui até a biblioteca de vovô e peguei o livro, animadíssima.
A primeira frase do livro é a seguinte:
Essa história de amor – por curiosa coincidência, como diria Dona Arminda – começou no mesmo dia claro, de sol primaveril, em que o fazendeiro Jesuíno Mendonça matou, a tiros de revólver, dona Sinhazinha Guedes Mendonça, sua esposa, expoente da sociedade local, morena mais pra gorda, muito dada às festas de igreja, e o dr. Osmundo Pimentel, cirurgião-dentista chegado a Ilhéus há poucos meses, moço elegante, tirado a poeta.
Não pude acreditar. Passei cerca de três dias me lamuriando pelos cantos da casa… E só depois disso que comecei um dos melhores livros que já li.
Se você acompanhou a novela, saiba que o livro é bem diferente. Enquanto o fio condutor da adaptação foram os namoricos, o livro é essencialmente político. O excelente dele está justamente em fazer um relato da alta sociedade cacaueira. Bataclã e Gabriela são elementos mais constituintes que fundamentais na narrativa. Dona Sinhazinha, coitada, empacotou na primeira frase mesmo e foi só isso.
Se você gosta de uma história com apelo político, você não pode perder essa leitura. Se você não aguenta mais ouvir sobre política (ninguém tem saudades de 2016), saiba que esse livro também vai te conquistar. Jorge Amável tem um estilo delicioso e leve, misturando romance e humor quando convém, além de envolver o leitor com os pequenos (às vezes grandes) dramas dos personagens.
Quando acabei de ler, minha mãe passou uma semana me encontrando encorujada nos cantos da casa – me lamuriando, claro.
*o verdadeiro nome do autor é Jorge Amado, tá?
Ain miga, amei! Hihi lembro muito de quando cê me contou essa história! Tenho que ler Gabriela, cravo e canela!
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eu fiquei TÃO chateada! Lê sim miga!
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Ah … lembro como lembro do grito que ouvi … MÃE ! Não acreditooo D. Sinhazinha morre! Não posso crer … na primeira página … Aí … lamúrias e mais lamúrias … mas mesmo assim tanto a leitura como a mini série foram devoradas e os comentários duraram dias. D. Sinhazinha quase ressuscitou
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bem que podia ter ressuscitado!!! ❤
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Gato Bigorninha, meu comentário nada tem relação com esse post, mas é que eu preciso lhe dizer uma coisa. Não rasteje por nenhum jacu. Você é linda, divertidíssima, gosta de gatos e de cachorros. Por sinal, tenho uma quedinha por você.
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Obrigada! Estou lisonjeada! Não vou mais me rastejar, já bati minha cota dessa vida, credo!! Hahahah
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Se você quiser flertar, estou às ordens. haha
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vou refletir sobre o caso 🙂
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